segunda-feira, 2 de junho de 2008

A alma do soul

Após seis anos sem tesão para voltar a escrever um blog, aqui estou eu de volta, e nada melhor para que essa chama se reacendesse do que algo que toca a alma. E estou falando em alma pra valer, soul mesmo. E é claro que eu tinha de começar divagando sobre algum filme, mais ainda hoje, depois de comprar uma edição especial de um daqueles que podem nem ser uma obra prima que todos se lembrarão para a eternidade, mas com certeza é um daqueles que marcam você, te fazem sentir algo diferente em sua alma. E para mim, The Commitments é um desses filmes.

A história é simples e cheia de boas sacadas, como as músicas cantadas por James Brown, Aretha Franklin, Marvin Gaye, Sam Cook e tantos outros. Simples na estrutura, mas com a vontade e a força de algo que é pra valer, que vem do fundo da alma, mesmo que a princípio pareça básico demais como a história de um irlandês nos seus vinte e poucos anos que quer montar uma banda de soul em Dublin. "Mas nós não somos brancos demais pra isso?", pergunta um dos personagens (o saxofonista) para o protótipo de empresário musical, que responde: "O irlandês é o negro da Europa. Então diga comigo: Eu sou negro e tenho orgulho disso!" Oués!

Vendo pequenos documentários do DVD extra você logo percebe que o filme é por si só uma obra feita sem lá muita grana, mas com muito coração. Os atores principais na verdade nem são atores, são músicos. Mas é desse 'jeitinho irlandês' de se ir levando as coisas com raça e diversão que todo o filme é realizado. E tirando aquele inglês carregado e engraçado, o tempo chuvoso quase onipresente, e um detalhe ou outro... além de negros, eles bem poderiam também ser os brasileiros da Europa. Alguém afim de montar uma banda de música tradicional irlandesa?

5 comentários:

Bruka disse...

boa!!! bien venido!!!!

Rafa Argemon disse...

Hahahahahahaha! Valeu, Bruka! Mas tb, depois de ajudar na mudança, vc tinha que elogiar qualquer merda que eu escrevesse.

Fábio Martins disse...

Nem preciso falar que eu quero essa porra emprestada né?

Muito bom saber que tenhas voltado a escrever um blog. Quero ler aquele post que conversamos um dia sobre filmes que nos fazem sentir vergonha alheia hehehehehe.

Se falar mal do Banana Joe o pau vai comer, hahahahahaha

Abração

Rafa Argemon disse...

Hahahahahaha! É verdade, tinha me esquecido disso. Qual foi o filme que eu dei como exemplo quando a gente conversou sobre isso? Não lembro... Mas pode deixar que Banana Joe, pelo menos por enquanto, não entrará na lista. Pelo valor sentimental... Valeu pela força!

Juliana disse...

EEEEEEEEEEE!! O Blog do meu escritor predileto!! foram seis anos de vazio e nostalgia..ainda me lembro do outro blog com carinho..beijos